Bonzinhos demais? Veja quais novelas em que (curiosamente) não existiam vilões

Globo Amor de Mãe
Regina Casé como Lurdes em Amor de Mãe, novela da Globo (Foto: Divulgação)

Se tem uma coisa que o noveleiro entende, é a tal da estrutura de uma novela. Sempre aparece com a mesma roupagem: protagonizado por uma pessoa boazinha, que é atrapalhada constantemente por um vilão.

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Mas, não foi sempre assim e nós destacamos quatro casos em que as tramas surpreenderam. São as novelas sem vilões e, inclusive, tem uma muito recente que foi ao ar sem essa figura tão emblemática das histórias.

A recente novela das nove de Manuela Dias ficou marcada por esta falta de um vilão. Veja esse e outros exemplos a seguir:

Amor de Mãe

Escrita por Dias e exibida excepcionalmente em duas partes, com a primeira indo ao ar antes da pandemia, e a segunda indo ao ar no meio da crise sanitária, Amor de Mãe pode ter muita gente apontando a personagem de Adriana Esteves como a vilã.

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Entretanto, não é bem assim. Ela não esteve nesta posição centralizada de pessoa má, que tinha prazer em atrapalhar tudo. O diretor artístico José Luiz Villamarim afirmou em entrevista ao Extra que isto foi proposital e que a ideia era mostrar a maldade em todos os personagens: “A ação dramática não é construída pelo vilão. Todo mundo na história é normal, são pessoas que a gente conhece. Uma hora faz algo errado, uma hora é do mal, outra do bem”.

A Vida da Gente

Reprisada recentemente na faixa das seis, A Vida da Gente também se eximiu de ter um vilão e a maldade foi demonstrada pela própria vida e as decisões tomadas pelos personagens ao longo do desenrolar da trama.

Ana e Manuela em A Vida da Gente (Foto: Reprodução)
Ana e Manuela em A Vida da Gente (Foto: Reprodução)

Há quem aponte Ana (Fernanda Vasconcellos) ou Manuela (Marjorie Estiano) como vilã da novela, mas se repararmos bem, nenhuma estava na posição de pessoa má. Ambas estavam agindo conforme suas perspectivas de vida, porém sem a intenção exata de causar um prejuízo na vida de alguém.

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Sete Vidas

Exibida em meados de 2015 e protagonizada pelo consagrado e eterno galã das novelas, o ator Domingos Montagner, Sete Vidas deu ao público o sabor de julgar por si só quem seria o vilão da história. Claramente, quem tentasse fazer esse julgamento, ficaria confuso.

Lícia Manzo é a autora de Um Lugar ao Sol - Foto: Divulgação
Lícia Manzo foi autora tanto de Sete Vidas, quanto de A Vida da Gente (Foto: Divulgação)

A explicação se dá devido a mesma lógica de colocar a vida como vilã, sem um personagem central para retratar esta maldade. A busca pelos filhos perdidos de Miguel (Domingos Montagner) foi o eixo central da novela, que não deixou de ter contraponto mesmo sem a figura de um vilão.

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